No Rio Grande do Sul, a chegada oficial de forma organizada e regular ocorreu somente a partir da década de 1830.
A história da Maçonaria no Brasil tem como marco oficial a criação, em 1801, da Loja Reunião, no Rio de Janeiro. Há pesquisadores que acreditam que o movimento maçônico iniciou em 1796, com a fundação do Areópago de Itambé, em Pernambuco.
No Rio Grande do Sul, a chegada oficial de forma organizada e regular ocorreu somente a partir da década de 1830, por meio de sociedades políticas e/ou literárias, muitas delas de caráter secreto, aliada à difusão dos órgãos de imprensa. “Essas agremiações, muito antes de se constituírem lojas maçônicas regulares, foram manifestações das primeiras lutas de caráter nacional no Estado”, conta.
Criado a 17 de junho de 1822, por três Lojas do Rio de Janeiro – a Commercio e Artes na Idade do Ouro e mais a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói, resultantes da divisão da primeira – O Grande Oriente Brasileiro teve, como seus primeiros mandatários José Bonifácio de Andrada e Silva, ministro do Reino e de Estrangeiros e Joaquim Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante. A 4 de outubro do mesmo ano, já após a declaração de independência de 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo então príncipe regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos primeiros dias de nação independente e considerando a rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo – que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o cônego Januário da Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons – mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, a 25 de outubro de 1822.
Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I – ocorrida a 7 de abril daquele ano – é que os trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.
Yassin Taha
Deputado Federal pelo GOB
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Antes de mais nada, o postulante ao ingresso nos quadros da Ordem Maçônica, deve autoavaliar-se em busca de valores, costumes, atitudes (interiores), e comportamentos sociais exteriorizados cotejando-os com algumas premissas a seguir apresentadas.
O Candidato deve, portanto, identificar-se com os aspectos a seguir:
* Legal:
- Ser emancipado e ter completado 18 anos antes da cerimônia de Iniciação;
- Ser dependente pecuniariamente, obter anuência dos tutores ou genitores;
- Ser engajado em união estável, contar com a concordância da esposa;
- Ser um homem íntegro, ligado e atualizado em relação ao seu tempo;
- Ser empreendedor e capaz de assumir responsabilidades;
- Ter emprego, residência e domicílio fixos, no Oriente (estado, município) pleiteado; suas atividades profissionais devem ser lícitas, não importando o metier;
- Esperar encontrar na Loja pleiteada, homens livres, de bons costumes, capazes de realizar obras poderosas em benefício da Humanidade, da Pátria e da Família;
* Doutrinário:
- Ter religiosidade, melhor do que religião;
- Crer em Deus, acima de tudo;
- Ter uma idéia clara da virtude e do vício, adotando aquela e rejeitando este;
- Estar apto a apreender conhecimentos litúrgicos e filosóficos;
- Distinguir entre religião e maçonaria;
- Ser respeitado na Iniciação, não só pelas características esotéricas, exotéricas e metafísicas do evento, como pelo significado simbólico trazido pelas nossas tradições e regularidade;
* Prático:
- Apresentar bons costumes;
- Ter boa família;
- Seguir as leis;
* Metafísico:
- Ser receptivo às idéias;
- Estar ideologicamente alinhado com a idéia de Deus;
* Da tradição:
- Estar apto; ou pronto, disposto e capacitado, sponte sua;
* Iniciático:
- Creditar respeito ao processo;
- Manter o espírito receptivo ("nada lhe será cobrado; tudo lhe será dado");
A admissão à Maçonaria é restrita a pessoas adultas sem limitações quanto à raça, credo e nacionalidade, desde que gozem de reputação ilibada e que sejam homens íntegros.
Nenhum homem, por melhor que seja, poderá ser recebido na Maçonaria, sem o consentimento de todos os maçons. Se alguém fosse imposto à Maçonaria, poderia ali causar desarmonia, ou perturbar a liberdade dos demais, o que sempre deve ser evitado.
A aceitação do pedido de ingresso na Ordem depende bastante da declaração de motivos do candidato. A Ordem espera que o candidato seja sincero perante sua própria consciência, quando do preenchimento da proposta de admissão.
Quando alguém se candidata a ingressar na Maçonaria, é verificado em sindicância se dispõe de ganhos pecuniários que permitam cumprir os compromissos maçônicos, sem sacrificar a família. Vale dizer que nenhum homem casado poderá entrar para a Maçonaria sem que a esposa esteja de acordo.
É óbvio que, ao se iniciar na Maçonaria, o indivíduo deverá assumir compromissos derivados de participação engajada e responsável nas lides maçônicas. Entre os compromissos e responsabilidades, encontram-se aqueles de estudar, com mente aberta, as instruções maçônicas, bem como, o de considerar denso sigilo sobre os ensinamentos recebidos e contribuir pecuniariamente para a manutenção de sua Loja e sua Obediência. Os compromissos e responsabilidades, a propósito, são do mesmo gênero daquelas encontradas em qualquer associação humana.
É fato inconteste que uma das finalidades da Ordem é a de implantar sistematicamente na sociedade humana uma efetiva fraternidade entre os homens.
Ao contrário do "folclore" que alimenta a crença de muita gente, a Maçonaria não é uma sociedade secreta e exerce suas atividades extensivamente, sob o pálio da legitimidade de sua natureza e da legalidade de seus atos e fatos administrativos, fiscais e tributários. Suas Propriedades, Constituições, Emendas, Regimentos e Estatutos são registrados em cartório de imóveis, títulos e documentos, e publicados em Diário Oficial.
Uma vez Iniciado, o postulante torna-se Maçom, e, como tal, estará, para todo o sempre, sob constante vigilância de sua própria consciência e dos demais Maçons.